Além de ter confessado boa parte dos crimes que cometeu, o arguido que o ano passado saiu da cadeia ao abrigo da “amnistia” provocada pela pandemia disse ontem que «não tinha noção» que não poderia cometer crimes durante um ano. «Se eu soubesse não tinha aceitado o perdão», afirmou o homem de 33 anos, toxicodependente desde a adolescência, e que começou a ser julgado no Tribunal de Coimbra. Uma frase que levou mesmo a juíza Ana Gordinho, presidente do Tribunal Colectivo de Coimbra, a repreendê-lo pela postura que estava a apresentar em tribunal.
O arguido, de 33 anos, natural e residente em Coimbra, estaria a cerca de meio ano de sair em liberdade quando a lei aprovada no âmbito da pandemia o tirou da cadeia. Estava, no entanto, obrigado a estar um ano sem cometer qualquer delito, o que ontem disse desconhecer. «Não li os papéis», admitiu.