O 84.º aniversário do Museu Marítimo de Ílhavo, que decorreu até ontem sob o signo do artista local Cândido Teles, e a inauguração, marcada para hoje, do Centro de Religiosidade Marítima fizeram destes dias um “fim-de-semana feliz” no concelho. Na inauguração de um conjunto de exposições alusivas à vida e obra do pintor Cândido Teles, cujo centenário fica associado a mais um aniversário do Museu Marítimo, o presidente da Câmara enalteceu o “nível da oferta cultural” proporcionado por um “município de 75 quilómetros quadrados”, pedindo, porém, uma maior participação dos ilhavenses. “Às vezes parecem um pouco divorciados” da vida cultural local, assumiu Fernando Caçoilo, querendo perceber se “está a falhar alguma coisa”. “Temos de chamar as pessoas cada vez mais”, afirmou.
O autarca deu o exemplo de vários espectáculos promovidos pelo 23 Milhas, projecto cultural do município, em que “a percentagem das pessoas da terra é pequena” apesar de a oferta ser “extraordinária”. Ílhavo é “um dos poucos municípios” portugueses que viram a sua população crescer nos últimos dez anos e a cultura, vista como “um investimento e não como um gasto”, é uma das razões para a “qualidade de vida local”. “Não crescemos por acaso”, afiançou.
