A Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) acredita que a região estará provida de uma central de biomassa daqui a dois anos. De acordo com Ribau Esteves, presidente da instituição, o procedimento concursal deverá estar concluído em 2022, permitindo que o equipamento entre em operação no ano seguinte. Este é um “planeamento realista” que a associação dos 11 municípios locais quer cumprir, tratando-se de um dos principais objectivos comuns para os próximos anos.
Havendo manchas florestais em toda a região, a localização da futura central não está ainda definida, dependendo também das opções das empresas concorrentes. O local escolhido deverá “maximizar os circuitos de transportes, reduzindo os seus custos”, e preferencialmente deverá ter em conta a “vantagem enorme” de agregar a central de biomassa com unidades industriais produtoras de energia térmica, adiantou o autarca.
A gestão do equipamento será feita por uma entidade constituída pela empresa que ganhar o concurso e também pela CIRA, acrescentou.
Entretanto, o BE contestou o projecto considerando que a solução é desaconselhada pelo conhecimento científico actual. O partido “desafia a Comunidade Intermunicipal a implementar políticas de ordenamento do território, da floresta e de produção energética” e observa que “mais uma central de biomassa parece responder só a interesses de negócio”.
