Presidente da AIDA CCI: “O processo de digitalização da economia é uma ferramenta poderosíssima”

Hoje, vai decorrer, em formato “on-line”, o 7.º Fórum Empresarial do Distrito de Aveiro, evento que conta com o apoio, desde a primeira edição, do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Recorde-se que o Fórum é promovido pela Câmara de Comércio e Indústria do Distrito de Aveiro (AIDA CCI).

O Diário de Aveiro esteve à conversa com o presidente da AIDA CCI, Fernando Castro.

Diário de Aveiro: O que representa o 7.º Fórum Empresarial da AIDA CCI que decorre hoje?
Fernando Castro

: Um fórum é, por natureza, um local de encontro de pessoas e de discussão. Devido à actual situação pandémica, o tão desejado encontro presencial de pessoas não poderá decorrer. Em condições normais, este fórum deveria ter ocorrido no mês de Novembro do ano passado. Não existindo essas condições, fomos adiando a sua realização, na expectativa de haver um maior controlo da pandemia que permitisse a reunião presencial. Estamos a meio do ano e nu­ma altura em que estão a ser tomadas decisões de elevada importância para a actividade económica em geral, pelo que decidimos arriscar, não adian­do mais a realização do fórum. Para tanto, tivemos de recorrer às novas tecnologias de comunicação – que já vão sendo habituais noutras situações – para promover o encontro virtual e permitir a discussão de assuntos de interesse comum dos nossos empresários.

Mas qual é o objectivo do Fórum?

Procuramos facultar aos nossos empresários a oportunidade de serem informados sobre algumas decisões já tomadas, quer a nível da União Europeia, quer do nosso país, as quais irão ter forte influência na actividade empresarial. Mais concretamente, refiro-me ao Pacto Ecológico Europeu, também conhecido por “Gre­en Deal”, ao avanço irreversível das novas tecnologias de infor­mação e comunicação (Transição Digital em geral, 5G, 6G, Internet das Coisas, Inteligência Artificial, Cibersegurança...).

Mas também queremos falar das questões presentes e que teimosamente persistem, tais como burocracia excessiva, justiça a passo de caracol e ou de caranguejo, fiscalidade excessiva e demasiado volátil, alguns estrangulamentos a nível da logística ou outros custos de contexto exagerados.