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Covid-19: Governo britânico desce Portugal da “lista verde” para “lista amarela” de viagens


Quinta, 03 de Junho de 2021

Portugal vai sair da “lista verde” de viagens internacionais no Governo britânico devido à descoberta de novas variantes e ao aumento do número de infeções nas últimas semanas, confirmou o ministro dos Transportes, Grant Shapps.

O ministro disse numa entrevista transmitida na Sky News que foi uma "decisão difícil de tomar”, invocando duas principais razões que estão a causar preocupação nas autoridades britânicas.

"Uma é que a taxa de positividade quase duplicou desde a última revisão em Portugal e a outra é que há uma espécie de mutação do Nepal da chamada variante indiana que foi detetada e simplesmente não sabemos o potencial que pode ter para resistir à vacina”, explicou.

Shapps disse que o Governo quer garantir que o país não importa mais variantes que ponham em causa o plano de desconfinamento, nomeadamente a quarta etapa prevista para 21 de junho, quando se espera que sejam levantadas todas as restrições.

A medida deverá em vigor a partir das 04:00 de terça-feira, quando Portugal passa para a lista “amarela”, avançou o Daily Telegraph.

Os países na “lista amarela” estão sujeitos a restrições mais apertadas, nomeadamente uma quarentena de 10 dias na chegada ao Reino Unido e dois testes PCR, no segundo e oitavo dia, como já acontece com a maioria dos países europeus, como Espanha, França e Grécia.

Portugal era até agora o único país da União Europeia (UE) na "lista verde”, que isenta os viajantes de quarentena no regresso a território britânico, em vigor desde 17 de maio.

A lista de destinos seguros é assim reduzida a 11 países e territórios, mas a maioria é bastante longínqua ou não deixa entrar turistas, como Austrália, Nova Zelândia, Singapura, Brunei e Ilhas Malvinas, restando a Islândia como o destino mais acessível.

Segundo a comunicação social britânica, o Governo britânico não vai adicionar mais nenhum país à “lista verde”, nomeadamente Espanha, que eliminou os requisitos de entrada dos britânicos com esperança de estimular o setor do turismo.

Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte ainda não confirmaram, mas deverão seguir as orientações.

Na "lista vermelha” estão países para os quais o Governo proíbe viagens devido ao nível de risco, impondo à chegada ao Reino Unido quarentena de 10 dias num hotel designado e às suas custas, além de dois testes PCR, no segundo e oitavo dias da quarentena.

Afeganistão, Sudão, Egito, Costa Rica, Sri Lanka, Bahrain, Trinidade e Tobago vão ser adicionadas a esta lista, adiantou o Daily Telegraph, lista na qual já se encontram o Brasil, África do Sul e Índia, mas também Angola, Moçambique e Cabo Verde.

Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Guiné Equatorial estão na “lista amarela”, para onde não é ilegal viajar por motivos não essenciais, como férias, mas é fortemente desaconselhado.

O sistema de semáforo é baseado em quatro critérios: as taxas de vacinação, o número de casos, a prevalência de “variantes preocupantes” e a qualidade dos dados de testagem.


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