Jornal defensor da valorização de Aveiro e da Região das Beiras
Fundador: 
Adriano Lucas (1925-2011)
Diretor: 
Adriano Callé Lucas

O Diário de Viseu faz 24 anos


Quarta, 02 de Junho de 2021

O Diário de Viseu assinala hoje 24 anos de um percurso repleto de desafios, que, ano após ano, nos torna mais fortes ao serviço dos nossos leitores. Foi com esse espírito que o meu pai, Adriano Lucas (1925-2011), fundou o jornal em 1997, então denominado Diário Regional de Viseu. É com profunda saudade que hoje aqui o recordamos e que enaltecemos a sua iniciativa e resiliência, bem como a de todos os que trabalham e trabalharam no Diário de Viseu nestes 24 anos, em nome de um bem comum: uma Imprensa livre e independente que coloca os seus leitores no centro de todas as decisões.

ano que passou foi de extrema dificuldade para todos. A pandemia tirou muitas vidas - como sucedeu dramaticamente ao presidente da Câmara de Viseu, António Almeida Henriques -, causou danos na saúde física e mental que ainda não estão devidamente identificados e interrompeu um ciclo de crescimento em muitos sectores de actividade. 

resposta que a Ciência nos deu, com uma celeridade que poucos acreditavam ser possível, permite-nos encarar o futuro com redobrado optimismo. A vacinação que está em ritmo bastante acelerado, bem como os desenvolvimentos nos tratamentos dos infectados, são incentivos para a retoma pessoal e profissional.

Quando, há um ano, celebrámos o 23.º aniversário do Diário de Viseu apelámos aos nossos leitores e anunciantes para nos ajudarem a sobreviver. E a resposta muito positiva que ambos nos deram só nos encoraja ainda mais para continuar nesta luta diária que é produzir o melhor jornal possível, em prol de Viseu e da Região das Beiras.

Uma luta num país que adia, há anos, reformas estruturais como as da Justiça, da Administração Pública ou do Sistema Eleitoral que aprofundam as desigualdades entre todos, condicionam a sociedade civil e coarctam a iniciativa privada e empresarial que é essencial para que a economia cresça e o país se desenvolva. Desigualdades quer entre os mais poderosos e os mais fracos, quer entre funcionários públicos e trabalhadores de empresas privadas, quer, simplesmente, entre os que moram em Lisboa e Porto e o resto do país.

Assim, o risco dos muitos milhões de euros provenientes de Bruxelas, anunciados para apoiar a retoma pós-pandemia, irem para os mesmos de sempre (e com os fracos resultados a que estamos habituados) é enorme. Pouco ou nada tem sido feito na luta contra a corrupção. A burocracia e o centralismo do Estado, que se tem acentuado com a pandemia, prejudica todos e em particular os que estão fora dos centros de poder. O sistema político, numa lamentável estratégia de auto-preservação dos directórios dos principais partidos, recusa reformas eleitorais que adoptem círculos uninominais que permitiriam tornar os deputados eleitos mais directamente responsáveis perante quem os elege e com isso ampliar a democracia e ajudar a resolver muitos dos nossos actuais problemas.

Ciência respondeu à pandemia com uma eficácia assinalável, mas da Política não podemos, de todo, dizer o mesmo. O Estado e o Governo português continuam reféns da extrema-esquerda radical, contrária à integração europeia, à iniciativa privada e à economia de mercado, o que é um grave entrave ao desenvolvimento do País. Pelo contrário, temos visto vários países do leste europeu, que há trinta anos estavam muito atrasados quando se libertaram da ditadura comunista, a adoptarem políticas económicas mais liberais e a ultrapassarem em termos de crescimento económico o nosso País que caminha para a cauda da Europa e continua estagnado praticamente desde há vinte anos. É crucial, a bem das gerações vindouras, que este estado de coisas se altere. Temos um País fantástico mas, muito por culpa da Política, não conseguimos progredir.

Neste último ano o mundo teve de se reinventar, reorganizar e preparar. O Diário de Viseu também o fez, enfrentando muitas dificuldades, e por isso assumimos que estamos hoje mais fortes e mais capazes do que há um ano. Hoje, é o dia e o momento para agradecer a todos os leitores e anunciantes que continuam ao nosso lado, bem como a todos os que contribuem para que o Diário de Viseu, o único jornal diário de Viseu e da sua região, cumpra a sua missão.

O Diário de Viseu é, desde a sua fundação, um diário independente, de orientação republicana e liberal, defensor da democracia pluralista, da livre iniciativa de mercado em sã concorrência, da Liberdade de Imprensa, da total independência da imprensa e dos
órgãos de comunicação social, e das empresas em geral, face aos poderes políticos e aos poderes monopolistas. É assim há 24 anos e tudo faremos, a par com os nossos leitores e anunciantes, para nos mantermos, unidos, neste caminho de liberdade.

Bem hajam

Adriano Callé Lucas


Leia a notícia completa na edição em papel.

Suplementos


Edição de Hoje, Jornal, Jornais, Notícia, Diário de Coimbra, Diário de Aveiro, Diário de Leiria, Diário de Viseu