Aveiro vestiu-se a rigor para voltar a apoiar a formação as quinas. A esperança inicial foi-se perdendo para dar lugar à desilusão após o empate de ontem sem golos frente à Áustria. E se as unhas roídas fossem barómetro para avaliar o índice de nervosismo dos aveirenses, então bem se podia dizer que não há mais unhas nos dedos dos milhares de adeptos que lotaram as “fun zones” instaladas no Rossio e no Fórum Aveiro. A cidade voltou a estar com Portugal.
O Campeonato da Europa, disputado em terras gaulesas, tem sido vivido e sentido com intensidade máxima juntos do povo de Aveiro que aproveita, o melhor que pode, as “fun zones”, principalmente a criada pela autarquia no largo do Rossio, coração verde da cidade. Já tinha sido assim na passada terça-feira, no jogo de estreia diante da Islândia, e voltou a ser frente à Áustria. Do Norte da Europa, para a sua parte central os adversários da formação orientada por Fernando Santos encontram opositores acérrimos entre os aveirenses de todas as idades.
Sem sair do centro da Europa, o senhor que se segue é a Hungria. Quem diria que a nossa final deste Euro fosse disputada logo à terceira jornada da fase de grupos diante de uma equipa magiar que, imagine-se, parte para a antecâmera dos oitavos-de-final como líder de um grupo onde Portugal é… terceiro classificado. “Portugal olé, Portugal olé, Portugal olé”, ainda se ouviu já depois do final do jogo. Um canto tímido, mas suficientemente credível para se perceber que na próxima quarta-feira, a partir das 17 horas, o Rossio e Fórum Aveiro prometem vai voltar a encher.
