A deputada britânica Jo Cox, assassinada na quinta-feira no norte de Inglaterra, foi alvo de ameaças recentemente, informou hoje a polícia britânica sem contudo estabelecer uma relação directa entre as ameaças e o homicídio. “A polícia foi alertada pela deputada Jo Cox sobre mensagens ofensivas e um homem foi detido em Março de 2016 no âmbito desse caso”, informou a polícia num comunicado.
“O homem foi advertido pela polícia”, acrescenta o texto, precisando que o suspeito das ameaças “não é o homem detido” na quinta-feira após o homicídio da deputada. Segundo o jornal The Times, Jo Cox recebeu ameaças durante três meses e a polícia chegou a avaliar medidas de segurança adicionais para a proteger.
A deputada do Partido Trabalhista, de 41 anos e mãe de duas crianças, foi morta em plena rua na pequena localidade de Birstall, na sua circunscrição no norte de Inglaterra. Segundo o jornal The Sun, Cox foi atingida com três tiros e sete facadas. Segundo testemunhas, o presumível homicida, Thomas Mair, terá gritado “Britain First” (“A Grã-Bretanha Primeiro”) durante o ataque.
A organização não-governamental Southern Poverty Law Centre, um grupo norte-americano de defesa dos direitos civis, informou que Mair seria um “devoto apoiante” de um grupo neonazi dos Estados Unidos.