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Uso prolongado da internet durante confinamento deixou crianças mais expostas a crimes sexuais


Terça, 27 de Abril de 2021

O uso prolongado da internet, tanto no ensino à distância como para falar com os amigos, deixou as crianças e jovens mais expostos a crimes sexuais online e a agressores que aproveitaram a menor supervisão parental, denunciou a APAV.
A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) divulga hoje o seu mais recente relatório sobre a Rede CARE - Apoio a Crianças e Jovens Vítimas de Violência Sexual, que mostra que entre 2016 e 2020 a organização apoiou 1.599 crianças e que o número de menores ajudados passou de 195 casos para 432.
Em declarações à agência Lusa, a coordenadora da Rede CARE apontou como uma das razões para esse aumento o facto de as crianças e jovens terem ficado mais tempo em casa, na sequência do confinamento por causa da covid-19, e mais ligadas à internet.
“Não vamos diabolizar a internet porque tem sido muito útil nestes períodos, quer para o ensino quer para manter contacto com a família e os amigos, mas de facto há uma maior exposição a este contexto que se não for supervisionado pode ser de risco”, apontou Carla Ferreira, acrescentando que foi percepcionado “um crescendo das situações acontecidas no contexto online”.
A responsável apontou que se as crianças estão mais tempo ligadas à internet, seja para estudar ou para estar em contacto com os amigos - actividades que normalmente fariam presencialmente, em contexto de escola – “o risco é maior” desde logo por uma eventual menor supervisão parental.


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