Foi ao som de “Grândola Vila Morena” pela voz do aveirense Zeca Afonso que teve início a sessão comemorativa dos 47 anos do 25 de Abril, na sede da Assembleia Municipal, na qual foram escutados avisos sobre os perigos que ameaçam a democracia. Foi dado tempo de antena aos seis partidos políticos representados na Assembleia Municipal, num encontro a que apenas os jornalistas puderam assistir mas que foi transmitido nas redes sociais do município.
O social-democrata que dirige este órgão autárquico, Luís Souto, foi o primeiro a usar da palavra e usou os seus dez minutos para expor preocupações com os tempos actuais. Alertou para a “urgência” de mais educação cívica, visto que muitos jovens não conhecem sequer a Constituição do seu país. Frisou os efeitos do “garrote da corrupção”, um “vírus endémico que tem atingido todos os graus do Estado”. Deu conta da “sociedade abafada” por uma “carga fiscal asfixiante” e uma “burocracia que desmotiva a criatividade”. E pediu acções concretas para “libertar Portugal da macrocefalia”. Portugal é “cada vez mais dominado pela atractividade da capital” e onde se “acentua o abandono da chamada província”,
