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António Costa diz que tirou investimentos do “congelador” para responder à crise


Quarta, 14 de Abril de 2021

O primeiro-ministro afirmou hoje que o seu Governo, "perante uma grave crise", fez o contrário do caminho seguido há dez anos e tirou investimentos do "congelador", num discurso em que defendeu a resiliência e paciência em política.
António Costa assumiu estas posições no final da sessão de assinatura de consignação do lote 1 do Plano de Expansão do Metropolitano de Lisboa para a ligação das estações do Rato ao Cais do Sodré, com a construção de duas novas paragens na Estrela e em Santos - um investimento de cerca de 210 milhões de euros, estimando-se a conclusão da obra em 2024.
Num discurso com cerca de 13 minutos, o primeiro-ministro procurou evidenciar diferenças entre o seu Governo e o executivo PSD/CDS no que respeita a respostas perante crises económicas.
"Saímos do congelador em que nos encontrávamos para a actividade em que estamos, apesar de todos os constrangimentos que a epidemia de covid-19 nos tem imposto. Não nos basta governar para os dias de hoje, ou para o dia de amanhã. É fundamental poder olhar para o futuro com a certeza de que, depois desta crise, virão outras crises, mas que de crise em crise vamos vencendo e, sobretudo, conseguimos concretizar objectivos", declarou o líder do executivo.
Falando depois do presidente do Metropolitano de Lisboa, Vítor Domingues dos Santos, do presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, e do ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, António Costa sustentou que há dez anos, em conjuntura de crise, "a primeira decisão foi parar as obras em curso".
António Costa referiu que então, numa altura em que exercia as funções de presidente da Câmara de Lisboa, assistiu aos "resultados práticos de estações do metropolitano encerradas, obras paralisadas e composições paradas".
"A cidade recuperou, cresceu, mas o metro continuou parado - um erro para a cidade, um erro para a política ambiental e um erro de política económica. Desta vez, tomámos a decisão de acelerar todos os investimentos. Apesar de estamos na maior crise sanitária, económica e social das últimas décadas, o metro vai alargar", reforçou.
Outro ponto da sua intervenção passou por tentar demonstrar "o acerto" da opção do executivo socialista de transferir a tutela dos transportes públicos urbano "do clássico Ministério das Obras Públicas para o Ministério do Ambiente, porque assumiu esta área como uma ferramenta fundamental para a mobilidade e para atingir o objectivo da neutralidade carbónica em 2050".


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