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Governo francês considera "ato terrorista abjecto" homicídio de polícia e mulher


Terça, 14 de Junho de 2016
O ministro do Interior francês classificou hoje o duplo homicídio de um polícia e da sua mulher nos arredores de Paris como um “acto terrorista abjecto”. “Um ato terrorista abjecto foi cometido ontem [segunda-feira] em Magnanville por um indivíduo que atacou um polícia e a sua mulher, que também era uma funcionária da polícia”, disse Bernard Cazeneuve aos jornalistas depois de uma reunião de emergência do Governo francês. "A mobilização do Governo é total desde há meses para uma ameaça que temos dito que é elevada em França, na Europa, no Ocidente, como provam os acontecimentos ocorridos nos Estados Unidos há 48 horas", acrescentou. Cazeneuve falava numa breve declaração à imprensa após participar numa reunião de crise no Palácio do Eliseu com o Presidente francês, François Hollande, o primeiro-ministro, Manuel Valls, e o ministro da Justiça, Jean-Jacques Urvoas. "Mais de cem pessoas que representam uma ameaça para a segurança dos franceses" foram "detidas desde o início de 2016", disse ainda o ministro. O alegado autor do duplo homicídio, identificado como Larossi Abballa, tinha 25 anos e foi condenado em 2013 por participar numa fileira ‘jihadista’, entre a França e o Paquistão, segundo a agência de notícias AFP, que cita várias fontes não identificadas. Julgado com outros sete réus, foi condenado a três anos de prisão, com seis meses de pena suspensa, por "associação criminosa com vista à preparação de actos terroristas", segundo uma fonte próxima do processo. O homem era oriundo de Mantes-la-Jolie, a cerca de 60 quilómetros a oeste de Paris. A agência ligada à organização terrorista Estado Islâmico disse hoje que um dos seus "combatentes" esfaqueou um polícia francês até à morte num subúrbio de Paris, antes de ter sido abatido numa operação policial. "Um combatente do Estado Islâmico matou um vice-comandante da polícia da cidade de Les Mureaux, assim como a sua mulher com armas brancas perto de Paris”, escreveu a agência Amaq. Alguma imprensa francesa indica, por seu turno, que o homicida se identificou como membro daquele grupo extremista durante a negociação com as forças de elite da polícia. O homem esfaqueou o polícia até à morte e fez reféns a mulher e o filho da vítima na residência da família, tendo acabado por ser abatido numa operação policial. O polícia foi assassinado ao chegar a casa na segunda-feira, por volta das 21:00 locais (20:00 de Lisboa). A polícia encontrou no interior da casa o cadáver de uma mulher e uma criança ilesa. O Presidente de França, François Hollande, disse num comunicado que vão ser averiguadas as circunstâncias do “drama abominável, cuja investigação, sob a autoridade da justiça, determinará a sua natureza”. O crime ocorreu sob o estado de emergência em vigor em França desde os atentados do Estado Islâmico, a 13 de Novembro passado, que causaram 130 mortos em vários ataques simultâneos em Paris e arredores.

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