O ex-presidente do Académico de Leiria Luís Pinto, funcionário do Instituto Português do Desporto e Juventude, começou ontem a ser julgado, na Batalha, à porta fechada, pelos crimes de recurso à prostituição de menores e de pornografia.
Tratando-se de crimes que envolvem, pelo menos, um menor à data, o juiz titular do processo do Tribunal de Leiria ordenou a exclusão de publicidade do julgamento, que decorre no auditório municipal da Batalha.
Segundo a acusação, Luís Pinto está a ser julgado por 50 crimes de recurso à prostituição de menores e dois crimes de pornografia de menores, um dos quais tentado.
No despacho de acusação, a que a agência Lusa teve acesso, lê-se que em data não determinada, “de Janeiro ou Fevereiro de 2019”, a alegada vítima, então com 16 anos, acedeu à plataforma informática ‘GRINDR’, destinada a conversas, contactos e encontros de natureza homossexual, na qual criou um perfil com uma fotografia sua e dizendo ter 18 anos.
O arguido também tinha um perfil naquela plataforma, sem fotografia, tendo iniciado conversação com o menor, que mantiveram por várias ocasiões, passando depois, após troca de números de telemóvel, a comunicar por WhatsApp.
O MP sustenta que o menor acabou por informar Luís Pinto da sua idade real, assim como das suas dificuldades económicas.