É do farol mais a norte de Portugal – o Farol de Montedor, em Viana do Castelo – que Armindo Nogueira da Silva fala ao Diário de Aveiro sobre o seu “Memorial do Faroleiro”. Este homem que esteve cinco anos no Farol da Barra, em Ílhavo, escreveu 255 páginas de histórias dedicadas aos faróis portugueses e aos seus guardiões - “heróis anónimos”, como o almirante Fernando Melo Gomes lhes chama no prefácio do livro agora editado.
Nasceu no Porto, junto à foz do Rio Douro. “Cresci a ver o mar, junto ao emblemático Farol de Felgueira, hoje desactivado com a construção da nova barra”, conta. Aos 20 anos ingressou na Marinha de Guerra Portuguesa, depois foi destacado em missão para a Direcção de Faróis, andou embarcado e em 1985 concorreu ao quadro de faroleiros. Desde então presta serviço nos faróis de norte a sul de Portugal. “Até hoje”.
