A Câmara de Ílhavo aprovou na sua reunião de ontem a integração do saldo de gerência de 2020 no orçamento de 2021, procedimento que, pelo valor em causa, 2,8 milhões de euros, deixou o PS de pé atrás. Trata-se, de acordo com o vereador Eduardo Conde, de um montante “recorde” e que permite “fazer a história” da governação do PSD. “Numa altura em que tanta gente está a perder, a Câmara de Ílhavo nunca teve tanta disponibilidade financeira”, afirmou o autarca socialista, considerando que, com esta opção, a autarquia “recusou-se a fazer mais pelos munícipes” na actual época de crise. “É como um pai que tem um depósito a prazo e deixa os filhos irem descalços para a escola”, comparou, sublinhando que “não é justo que a Câmara aforre enquanto outros hipotecam as suas vidas”.
