O Recreio de Águeda ergueu mais um troféu, ontem, ao vencer a Taça Distrito de Aveiro, uma semana depois de se sagrar campeão distrital da Associação de Futebol de Aveiro. O triunfo (1-0, com um golo de Óscar Lopes) sobre o Beira-Mar, que também celebrou a subida ao primeiro escalão do futebol distrital, foi justo e deixou à evidência diferenças de andamento competitivo e qualidade das duas equipas. É certo que o Beira-Mar trabalhou, lutou, e com isso acabou por valorizar ainda mais o triunfo do Águeda, mas foi curto para, ontem, materializar em realidade o sonho de erguer a taça distrital.
Arrepiante foi a festa do adeptos do Beira-Mar! Vinte minutos para o final. Bancada norte com os adeptos e claque “Ultras Auri-Negros” apoiados pelos artefactos de cartão que serviram para ecoar as palmas, afinaram a garganta e, sem parar, incessantemente, cantaram a plenos pulmões: “Toda a bancada allez, força Beira! Contagiante! Arrepiante! Ao ponto de terem “abafado” qualquer cântico dos adeptos de Águeda. E foi assim até ao fim, com a equipa reduzida em campo, sem parar, sempre a apoiar!
“O Beira é nosso e há-de ser!”, ouviu-se em uníssono no fim. Justíssima homenagem aos adeptos, aos “Ultras” e ao espetáculo que proporcionaram. Uma festa saudável e a sério que o próprio treinador José Alexandre sublinhou no fim: “A nossa massa adepta é enorme e este é o nosso património. Estar a perder e ter apoio como se estivéssemos a ganhar, foi um orgulho!”, referiu o treinador do Beira-Mar. Já Agusto Semedo referiu: “A final é sempre difícil, o Beira-Mar tem uma equipa experiente e foi resistindo, mas aquilo que acho é que o Recreio fez um excelente jogo. Foi uma homenagem ao trabalho com uma exibição muito boa".
