Distinguem-se das outras pelo tamanho desmesurado, pela idade centenária ou até pelas formas bizarras que adquiriram ao longo dos tempos. Umas viram os romanos chegar, outras assistiram às invasões napoleónicas, outras ao casamento da Rainha D. Maria II. Algumas são mesmo personagens de lendas e mitos. São chamadas de árvores monumentais e estão na mira de Raquel Lopes, bióloga da Universidade de Aveiro (UA), que, nos próximos anos vai calcorrear o país para inventariar, conhecer e divulgar a história de cada um destes colossos do património natural português. O trabalho, inédito no país, quer contrariar o desconhecimento de monumentos vivos que tanto têm para contar.
Sabia, por exemplo, que o carvalho mais antigo da Península Ibérica está plantado na Póvoa do Lanhoso? Ainda assim, os seus 700 anos não são nada quando comparados com a oliveira mais antiga de Portugal, que se encontra em Santa Iria de Azoia e tem 2850 anos. Mais perto, há o caso de um eucalipto da Mata Nacional de Vale de Canas, em Coimbra, que mede 72 metros e é a árvore mais alta da Europa. Igualmente impressionante são os 11 metros de largura de um outro eucalipto localizado no concelho de Sátão. Estes serão, com certeza, pontos de passagem obrigatórios do trabalho de Raquel Lopes.
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