Alcina Ponte e Diana Ferraz estão habituadas a passar o Natal longe da família, mas este ano fazer o turno do dia 25 de Dezembro no Centro Hospitalar de Leiria em plena pandemia torna a data ainda mais difícil de assinalar para esta médica e enfermeira, e para os doentes covid, que não têm contacto com o exterior.
Não há visitas de familiares e amigos, não há festas de Natal, o ‘velho de barbas’ não vai circular nos corredores a entregar presentes, não se trocam abraços e o equipamento de protecção esconde os sorrisos. Valem as palavras, pequenos gestos, e o conforto de saber que há doentes que podem estar a horas ou dias de ter alta.
O tempo é de pandemia, e se os natais já são difíceis para quem trabalha ou para quem está internado no hospital, este ano, o novo coronavírus veio pôr à prova a resiliência de todos.
Alcina Ponte, que trabalha no Centro Hospitalar de Leiria desde 2000, vai coordenar a equipa de urgência no turno que começa às 08h00 e termina às 20h00 do dia de Natal. São 12 horas na urgência, onde tudo pode acontecer, e a experiência daquela médica de Medicina Interna diz-lhe que “o dia 25 não é calmo”.