O Centro de Acolhimento de Doentes em Convalescença de Santa Maria da Feira (CADCOZ), que até Agosto funcionou em S. João de Ver, na Casa Ozanam, “serviu de modelo” a respostas que entretanto foram criadas pelo país, para acolhimento de doentes COVID que não dispõem de apoios de retaguarda, nomeadamente de retaguarda familiar.
“Fomos candeia que alumiou o caminho”, sublinhou Emídio Sousa, presidente da Câmara da Feira, que chamou a Imprensa, para destacar o reconhecimento deste projecto pela Federação Internacional dos Hospitais, que o apontou como um exemplo de boas práticas.
No seguimento de uma candidatura apresentada pelo Centro Hospitalar do Entre Douro e Vouga (CHEDV), o CADCOZ foi distinguido, com mais uma centena de unidades hospitalares de todo o mundo, no âmbito da iniciativa “Call of Duty for COVID-19” [Chamada ao cumprimento do dever] daquela entidade.
Criado no auge da primeira vaga, o Centro de Acolhimento teve como principais objectivos proporcionar serviços de emergência, com carácter temporário e transitório, a doentes portadores da COVID-19, adequados à problemática bio-psicossocial dos utentes; assegurar a satisfação das necessidades básicas dos utentes; e prestar cuidados básicos de saúde, com seguimento clínico e acompanhados diariamente por profissionais de saúde.
Durante o tempo em que esteve em funcionamento, acolheu 21 utentes com necessidades de apoio social e com a média de idades de 76 anos.
Miguel Paiva, presidente do CHEDV, enfatizou que o facto desta estrutura ter sido percepcionada, “à escola global”, como “relevante” veio “dar sentido aos sacrifícios” exigidos para a tornar operacional.
O responsável testemunhou que até foi possível montar este centro “em pouco tempo”, num trabalho em parceria, que envolveu o Centro Hospitalar, a Câmara de Santa Maria da Feira, a Autoridade Local de Saúde, a Segurança Social e a Protecção Civil, além de instituições do concelho.