Os deputados do PS, BE, PCP e CDS abandonaram a última sessão da Assembleia Municipal de Ovar, liderada pelo PSD, para não terem de participar no que os socialistas e centristas descreveram como uma “votação ilegal” do Orçamento camarário para 2021. O caso deu-se quando o órgão deliberativo votava o Orçamento, as Grandes Opções do Plano (GOP) e o mapa de pessoal, documentos aprovados em Novembro pelos sociais-democratas na Câmara com o voto contra do PS.
Na Assembleia Municipal, os documentos voltaram a passar graças à maioria social-democrata, após o que Salvador Malheiro, presidente da Câmara, deixou no Facebook um comentário em que não mencionava o facto de os partidos da oposição se terem ausentado da sala: “O Orçamento, GOP e mapa de pessoal foram aprovados em Assembleia Municipal sem nenhum voto contra. Não nos recordamos que tal tenha acontecido no passado”.
Fernando Camelo de Almeida, do CDS, reagiu: “Salvador Malheiro tenta escamotear a verdade dos factos. Os documentos foram aprovados com os votos favoráveis dos dois presidentes de Junta do PS (Bruno Oliveira e Jaime Almeida) e do grupo do PSD, exceptuando dois deputados sociais-democratas que se abstiveram. Os restantes deputados do PS, PCP, BE e CDS recusaram-se a votar os documentos por entenderem não haver condições legais para o fazer”.