Um concerto que põe fim a um ano de programação, por sinal um ano que “roubou” muitos concertos, peças de teatro, exposições, tertúlias, estreias de projectos emergentes e, provavelmente, o mais importante de tudo, um ano que penhorou o convívio que esta casa tanto gosta de provocar. E é hoje que José Valente sobe ao palco, sem Marta Bernardes, como estava anunciado (ausente por motivos pessoais), mas determinado a mostrar em Aveiro a sua musicalidade, marcada pela irreverência, virtuosismo e contemporaneidade a que já habituou o público dos seus concertos e composições.
Ao Diário de Aveiro, David Calão, colaborador do GrETUA, reconheceu ser especial encerrar o ano com José Valente porque “é um espectáculo muito especial em si, também porque estava planeado trazê-lo em Abril, no 41.º aniversário do GrETUA, e porque marca o final de um ano muito difícil para todos, em que o acto de resistir ao contexto foi particularmente exigente, em que muitas coisas não puderam acontecer”, acrescentando que é especial terminar o ano “com actividade, a acolher artistas e a receber público, depois de tudo e apesar de tudo.