Um jovem de 21 anos foi ontem condenado a cinco anos de pena suspensa pela prática de vários crimes de coacção sexual e de pornografia de menores, numa pena que o juiz assumiu ser uma «oportunidade» para o jovem.
A quantidade de crimes com penas de prisão (16) fez com que a pena única de cinco anos, como assumiu o presidente do colectivo de juízes do Tribunal de Coimbra, tenha resultado num esforço enorme por parte dos juízes. A favor do arguido esteve a ausência de antecedentes criminais, o arrependimento e o acompanhamento psicológico e clínico a que se submeteu após a detenção. Aliás, quando começou o julgamento o jovem já tinha recebido alta médica por parte dos especialistas que o acompanharam. Também favorável nesta suspensão da pena, sublinhou o juiz, foi o facto de nenhuma das vítimas ter ficado especialmente traumatizada. Como ontem foi dito na sala de audiências, não raras vezes as vítimas deste tipo de crimes desenvolvem problemas graves que terminam com tentativas de suicídio.