A Câmara de Vagos quer recuperar a antiga tradição de utilizar juntas de bois na Arte Xávega, um método tradicional de pesca de arrasto do qual, no concelho, restam apenas duas companhas. O presidente do município, Silvério Regalado, assinou ontem os protocolos de apoio financeiro extraordinário para o ano de 2020 às companhas que exercem a actividade nas praias da Vagueira e do Areão e na cerimónia deu conta de aposta em ressuscitar a prática, entretanto perdida, de recorrer a juntas de bois para puxar as embarcações para terra. A ideia, explicou o autarca, é “fazer o trabalho à maneira antiga”, o que poderia funcionar como um chamariz para o turismo. Actualmente a Arte Xávega é realizada com a ajuda de tractores, não deixando de constituir um “cartaz turístico do concelho”. No entanto, o regresso à tracção animal poderia “atrair muitos mais turistas” a Vagos, salientou. A autarquia está disposta a financiar a recuperação desta antiga prática, assumiu o autarca, adiantando que a Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Vagos poderá funcionar como parceira no projecto.