O Movimento “Água Acessível para Todos os Oliveirenses” exige “a redução imediata do tarifário de água e saneamento”, pedindo preços regulados, adequados e acessíveis às bolsas das famílias.
Na sexta-feira, ao final da tarde, umas dezenas de manifestantes concentraram-se em frente à Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, protestando contra a Indaqua e o que consideram ser a conivência do município com um estado de coisas que desfavorece os munícipes.
A “re-municipalização da água”, através “do fim da concessão à empresa privada”, é a outra grande reivindicação de um manifesto que também pede “o reforço do investimento na expansão e qualidade da rede de distribuição e saneamento” no território das Terras de La Salette.
Após caminhada até junto do edifício onde a Indaqua está sediada na cidade, Jorge Rocha, porta-voz do movimento, garantiu que a luta prosseguirá até à vitória.
Este combate pelo regresso ao domínio público do sector da água e do saneamento também está activo em S. João da Madeira e em Santa Maria da Feira, com o sanjoanense António Neves a proclamar que a manifestação foi “o primeiro passo para uma “movimentação maior” que – prometeu – porá fim ao que os activistas consideram um “negócio” nefasto para as populações.
Foi anunciado que a convergência de movimentos dos três concelhos dará origem a uma “Associação de Utentes dos Serviços Públicos das Terras de Santa Maria”.
Francisco Xará, oliveirense e cliente da Indaqua, foi uma das vozes que se levantou contra o que considera ser a “prepotência” da concessionária na relação com as populações que devia servir. Apontou, como exemplo, a “atitude recorrente” de atrasar-se no envio da factura, ameaçando, depois, com multas pessoais, que só não pagaram no prazo legal porque a carta atrasou-se a entrar na caixa do correio.
