Os refugiados menores acolhidos pela Cruz Vermelha Portuguesa que visitaram S. João da Madeira, no passado fim-de-semana, não se vêem a abandonar Portugal nos próximos anos. Desafiados a desenhar o seu futuro daqui a dez anos, durante a visita à Viarco - Fábrica Portuguesa de Lápis, naquela cidade, Paula Gaio, vereadora da Câmara Municipal de São João da Madeira, promotora da visita, diz que o resultado da questão “foi muito interessante”. Ao contrário de notícias recentes que dizem que os refugiados acolhidos por Portugal desde a crise migratória tendem a abandonar o nosso país, “estes jovens não seguem esse paradigma”, adiantou a autarca.
Dos 25 que estiveram em São João da Madeira, “alguns têm família no campo de refugiados, na ilha de Lesbos, na Grécia, outros têm família e amigos em países europeus e outros perderam todos os familiares e amigos”, salientando que “são jovens que, apesar da idade, têm um percurso que já os fez viver muito em pouco tempo”.
Instalados no Centro de Acolhimento Especializado da Cruz Vermelha, em Lisboa, vindos do Afeganistão, Irão e Egipto, estes jovens têm aulas de português todos os dias e os monitores asseguram que “estão a evoluir muito bem”. Paula Gaio adiantou ainda que o seu futuro imediato passa por “continuarem a estudar e, mais adiante, poderá passar por famílias de acolhimento nacionais”.
