Um mero acaso mudou o destino de um cão que foi deixado para morrer num pinhal entre Calvão e Ponte de Vagos, com as patas atadas. Jerónimo deve a sua vida a Cristiano Frade, que, casualmente, naquela tarde, saiu de casa para assar o bacalhau no forno a lenha comunitário do Parque de Merendas Carvalhais e decidiu encurtar o caminho por um caminho de terra batida. «Vi lá o cachorro, deitado nas silvas, com as patas da frente atadas uma à outra e um fio a amarrá-las ao pescoço», começa por explicar.
O morador tentou libertar o animal, mas como este estava bastante assustado e agressivo, optou por regressar a casa, de onde telefonou para a GNR. «Quando os militares chegaram também ficaram muito sensibilizados perante aquela situação. De repente, as patas já estavam muito inchadas, pelo que julgo que ele não teria lá sido deixado há mais de duas horas, e o comportamento dele alterou-se. Ficou muito dócil e já só queriam que o ajudassem», descreve Cristiano Frade que cortou os fios com uma navalha que pediu emprestada numa oficina próxima.
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