O desassoreamento da Barrinha de Esmoriz e a dragagem da Ria na Marinha, ambas em Ovar, vêm gerando críticas no concelho, com PCP, PS e autarquia vizinha a defenderem que as intervenções não dão resposta aos problemas.
As empreitadas envolvem a sociedade Polis Litoral Ria de Aveiro, mas, no prazo de uma semana, nem essa entidade nem a Câmara Municipal de Ovar responderam aos pedidos da Lusa para esclarecimento sobre os assuntos.
A autarquia de Espinho, que confina com Ovar e tem obras na lagoa contígua à barra de Esmoriz, diz que a Polis “ignora todos os pedidos de informação” sobre as falhas nas intervenções que tutela.
O PCP de Ovar afirma que as obras na Marinha, especificamente, eram “há muito reivindicadas pelos agricultores e populações”, mas “não têm dado a resposta esperada aos seus problemas”. Acusando a Polis de definir planos de obras “à margem das pessoas que ali vivem” e que conhecem o território, a concelhia comunista afirma que “as barreiras de protecção criadas com a dragagem para tentar impedir o avanço do caudal da Ria claramente não cumprem o objectivo traçado”, e acrescenta que “as areias retiradas, que poderiam criar um cordão protector face ao avanço da água, não estão a ser depositadas nas suas margens”.