A Associação Ambientalista Arménia defende a colocação de sinalética e vigilância na zona da Papôa, em Peniche, para impedir a construção de mariolas, uma prática que afirma pôr em perigo o património geológico concelhio.
Numa carta aberta, a associação alerta para a “moda nefasta” que tem surgido em vários países com a colocação em diversos locais de pedras amontoadas (empilhadas), conhecidas como mariolas.
Trata-se de uma prática usada nas zonas montanhosas para identificar trilhos em situações de condições meteorológicas adversas ou em locais sem cobertura de GPS, e que no concelho de Peniche, tem sido replicada em vários locais da costa, sobretudo na zona da Papôa, o que o Movimento Arménia considera uma “séria ameaça ao património”.
As mariolas “descaracterizam e danificam o conteúdo litológico deste santuário natural, um sítio de interesse geológico alvo de ataques permanentes”, refere a associação na carta aberta, em que defende “uma posição firme das entidades responsáveis, com colocação de sinalética explicando os efeitos nefastos desta prática, proibindo a sua realização e indicando os valores das coimas associadas”.