Ninguém consegue ficar indiferente a Maria Luísa Batel. Pela sua capacidade de comunicação, jovialidade, uma memória invejável e, como se tudo isto não bastasse, pela “lição” que está a dar sobre como se ocupar bem no tempo livre. Com 85 anos, esta ilhavense, nascida e criada na Chousa Velha, viu-se obrigada a recolher-
-se em casa no início da pandemia, em Março, e, como “estar quieta não faz parte do meu feitio”, decidiu aplicar o tempo de quarentena a um projecto invulgar: costurar, sozinha, vestidos para crianças de Moçambique, onde o filho trabalha e de onde lhe reporta muita miséria e carências a vários níveis.