A paragem do programa de rastreio do cancro da mama do Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro, devido à pandemia da covid 19, terá causado um atraso de diagnóstico de cerca de 90 casos oncológicos, alerta Vítor Rodrigues.
Segundo o director da LPCC, tendo em conta as estimativas apuradas em anos anteriores entre Janeiro e Julho, deveriam ter sido rastreadas cerca de 60.600 mulheres, números que, em média, resultam na detecção de 175 lesões malignas. Ora, salienta Vítor Rodrigues, com o cancelamento do programa, entre Março e meados de Junho, até 31 de Julho, foram apenas rastreadas 32.199 mulheres, enquanto em igual período de 2019, tinham realizado o exame 60.673 mulheres. Depois de uma fase de testes desde 8 de Junho, o núcleo regional retomou os rastreios do cancro da mama a 8 de Junho, inicialmente a “20%25%”, funcionando, nesta fase, já a cerca de 75/80 por cento da capacidade, adianta o director. “Normalmente, por unidade móvel, tínhamos cerca de 60/70 mulheres por dia e, neste momento, temos cerca de 50”, sublinha, ao referir que as mulheres que estão a ser chamadas para o rastreio não devem faltar, por receio de contágio por coronavírus, até porque a liga garante todos os “procedimentos de higiene e segurança”. Aliás, estão ainda para ser instalados nas unidades móveis aparelhos para a circulação de ar com luz ultra-violeta, refere o responsável.