A Associação de Municípios das Terras de Santa Maria (AMTSM), responsável pela Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Ossela, Oliveira de Azeméis, recolheu, ontem, amostras de água nesse local, procurando apurar a origem de poluição “sistemática”. Na sequência de um comunicado do Bloco de Esquerda (BE) sobre “os maus cheiros emitidos pela ETAR” e sobre a conduta que “despeja água suja directamente no rio Caima”, a estrutura que representa seis autarquias do distrito de Aveiro confirmou, ontem, à Lusa que as “descargas ilegais” se têm verificado “de uma forma repetitiva e sistemática” em Ossela, “agravando-se nos tempos de estiagem”.
A título de exemplo, o secretário-geral da AMTSM, Joaquim Santos Costa, referiu que “já foram identificadas cerca de 50 descargas anómalas que provocam distúrbios e prejudicam o respectivo tratamento”. Juntamente com o subsistema do Salgueiro, a ETAR de Ossela trata águas residuais de 25.333 alojamentos de meio medianamente urbano, o que representa a purificação de oito a nove milhões de metros cúbicos de efluentes por ano.
