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Reportagem: Feirantes regressam a Leiria preocupados com Verão “fraco”


texto e foto: Helena Amaro Quarta, 03 de Junho de 2020

Os pregões voltaram a ecoar pelo estacionamento do Estádio Municipal de Leiria. Cerca de dois meses e meio depois de serem obrigados a ficar em casa, os feirantes regressaram ontem a um espaço que os faz feliz e ao sustento de uma vida, e com eles poucos leirienses, que ainda assim mantiveram o primeiro dia da Feira de Levante em constante movimento. “Já tinha saudades. Já tinha saudades de pregoar. Só vivo disto”, contou Horácio Miguel, recordando o tempo em que frequentava a Feira de Levante de Leiria em tenra idade.
“Ando nisto desde os tempos dos meus pais e custou muito”, admitiu.
Peças a dois euros e meio foram os principais artigos que vendeu ontem, mas para primeiro dia de feira, Horácio Miguel considerou que correu “muito bem”.
“Agora é devagarinho”, acrescentou, reconhecendo que ainda existe algum receio dos leirienses para frequentar espaços como a Feira de Levante.
Ao nosso jornal, o feirante leiriense perspectiva um Verão aquém das expectativas, sobretudo pela possível ausência de emigrantes. “Prefiro que não venham para isto não se descontrolar”, apontou.
A mesma opinião é partilhada por Jorge Santos e Maria José Silva, ambos de 60 anos, considerando que, mesmo com a presença dos emigrantes, “nunca irá ser o mesmo”.
“Até é melhor assim, para não haver possibilidade de contagiar, mas por outro lado é mau, porque não vendemos. Vai ser fraco”, constatou.
Para quem vive das feiras, Jorge Santos e Maria José Silva confessaram estar a atravessar algumas dificuldades, sobretudo porque “o apoio do governo nem chega para pagar a segurança social”.
“Estou expectante no fruto da bananeira. Não havendo rentabilidade no negócio não há forma de aguentar”, gracejou Jorge Santos, confessando que, por esta altura no ano passado, as vendas eram superiores.
“Já vendemos um metro de tecido, toalhas de casa-de-banho e lençóis. No ano passado já tinha vendido o dobro. Havia poder de compra”, disse Jorge Santos, natural da Trofa, mas residente em Leiria, há mais de 28 anos a fazer negócio na Feira de Levante.

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