A ministra da Cultura, Graça Fonseca, sublinha que os candidatos às futuras direcções de museus, palácios e monumentos terão de criar uma "visão para dez anos" daqueles equipamentos, que serão geridos num novo regime de autonomia. Contactada pela agência Lusa a propósito da abertura de concursos internacionais para selecção de nove direcções destas unidades tuteladas pela Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC), a governante comentou que esta "visão" terá muito peso na avaliação do júri.
A primeira fase de abertura dos concursos foi recentemente publicada em Diário da República (DR) e inclui o Museu Nacional Grão Vasco, o Mosteiro dos Jerónimos e Torre de Belém, o Panteão Nacional, o Palácio Nacional da Ajuda/Museu do Tesouro Real, o Museu Nacional de Arqueologia, todos estes em Lisboa, o Museu Monográfico de Conímbriga-Museu Nacional, o Museu Nacional de Machado de Castro, em Coimbra, o Museu Nacional de Soares dos Reis, no Porto, e o Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo, em Évora.
Sobre os projectos que os candidatos vão apresentar, Graça Fonseca salientou que "essa visão de como o equipamento se pode posicionar nos próximos dez anos é fundamental para um trabalho sustentado", já que os futuros directores podem ter as suas comissões de serviço de três anos renovadas duas vezes.
"Será dada uma importância muito central na forma como é visto o papel do equipamento no território, a gestão do património, a atenção a novos públicos, a programação e o serviço educativo", enumerou. No quadro desta visão, que os candidatos vão apresentar no seu projecto, também será tido em conta "o trabalho a desenvolver em parcerias e com a comunidade, além do mecenato", acrescentou.
Relativamente ao novo enquadramento jurídico, decorrente do regime aprovado no ano passado, a ministra da Cultura recordou que os directores que vierem a ser escolhidos irão gerir os seus equipamentos em circunstâncias diferentes. "Terão mais autonomia a gerir o espaço, os horários de funcionamento, ou para realizar pequenas intervenções com um fundo de maneio", apontou.
