A colocação de mais ilhas ecológicas no concelho, no âmbito do programa Viseu Recicla, está a ser retomada depois de os trabalhos terem sido suspensos devido à pandemia da covid-19. Também a recolha de objectos como colchões, televisões e frigoríficos em casa dos cidadãos vai ser retomado no âmbito das medidas de desconfinamento que têm vindo a ser aplicadas pela autarquia viseense.
De acordo com a vice-presidente da Câmara de Viseu, Conceição Azevedo, das 58 novas ilhas ecológicas, compostas por três contentores para reciclagem, semi-enterradas previstas 55 já foram colocadas, faltando apenas três. Está também prevista a instalação de duas ilhas ecológicas enterradas, como as que existem no centro histórico, nas freguesias de Rio de Loba e Bodiosa. O programa prevê também 349 novas ilhas ecológicas de superfície, das quais 177 já foram colocadas e as restantes irão agora a ser instaladas, começando pelas freguesias rurais do concelho.
O presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, explicou que a recolha porta-a-porta das caixas de papelão, no comércio, também já recomeçou, prevendo-se para breve a retoma de recolha de ‘monstros’, isto é, de móveis, colchões, frigoríficos e televisões, entre outros objectos.
Conceição Azevedo referiu que devido à pandemia o serviço esteve suspenso, o que não impediu as pessoas de ‘largarem’ esse tipo de lixo junto dos contentores, apesar de ser proibido. “As pessoas aproveitaram o período de confinamento e ‘limparam’ garagens e arrumações, o que nos obrigou a recolher os ‘monstros’ e a fazer a necessária limpeza. Mas esta ou na próxima semana o serviço será retomado”, garantiu.
Almeida Henriques garantiu ainda que a Câmara de Viseu está atenta ao depósito ilegal de lixo por parte das empresas que, por lei, são obrigadas a contratar recolha de lixo, ao produzirem mais de mil litros de resíduos. Segundo o autarca, não estão em causa apenas empresas do concelho, mas também de fora, que “pela calada da noite” vão dividir o lixo por diversos contentores, sobrecarregando o sistema de recolha.
De acordo com a autarquia, já foram autuadas pelo menos três empresas e realizadas acções de sensibilização noutras, das quais também há certezas, mas não provas, de que não depositam o lixo como deviam.
Também estão identificados os locais preferidos pelos prevaricadores, que, de acordo com Almeida Henriques, ficam junto aos principais eixos rodoviários, como é o caso dos contentores junto ao restaurante Forno da Mimi, na Estrada Nacional 2, onde a autarquia equaciona colocar uma câmara de vídeo-vigilância.
