A Sacos 88 – empresa familiar de plásticos localizada na Ortigosa, no concelho de Leiria – deverá entrar em “velocidade cruzeiro” na produção de câmaras de entubação “no final do ano”, estimando uma produção mensal de cerca de 15 mil kits.
A previsão do director da empresa, Amaro Reis, surge depois de os kits terem sido validados pelos profissionais de saúde há cerca de um mês, estando agora na fase do design do produto para o tornar “mais ‘sexy’”.
Trata-se de um investimento de cerca de 1,5 milhões de euros para uma produção que, “numa segunda fase, poderá duplicar”, desejando Amaro Reis “dotar todos os hospitais com kits de entubação flexível, 100 por cento reciclado” e “a um custo acessível para a segurança dos nossos médicos”.
Depois de adaptar a sua unidade à produção de viseiras como forma de apoiar o combate à Covid-19, a Sacos 88 dá agora início a uma nova produção, que lhe permitirá alargar o seu leque de produtos e reforçar a sua presença no sector da saúde.
“Vai permitir à empresa ter mais produtos para complementar o leque de produtos que já tem”, acrescentou Amaro Reis, esta quarta-feira, à margem da visita do secretário de Estado Adjunto e da Economia à Sacos 88, uma das três empresas que estão a produzir equipamentos de protecção individual, no âmbito do combate à Covid-19.
A produção de câmaras de entubação – Intubation Shield – é um projecto desenvolvido através do Centro para o Desenvolvimento Rápido e Sustentado do Produto do Politécnico de Leiria, com o apoio do Centro Hospitalar do Médio Tejo, no sector da anestesia, “em que solicitaram um instrumento que os protegesse quando estavam na intubação dos pacientes”.
Trata-se de um produto 100 por cento reciclável, em forma de kit, “fácil de utilizar”, e “de maneira a que não tivessem à posteriori que higienizar o produto, ou perder muito tempo”, explicou Amaro Reis ao nosso jornal.
(toda a reportagem na edição impressa)
