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Consumo de vinho cresceu durante fase de confinamento


Terça, 26 de Maio de 2020

Um estudo europeu divulgado ontem concluiu que a frequência do consumo de vinho «aumentou acentuadamente» em Espanha, França, Itália e Portugal com o confinamento e que as principais fontes de abastecimento foram os supermercados e as garrafeiras pessoais. Promovido pela Associação Europeia de Economistas do Vinho (EUAWE) e a Cátedra Wine and Spirits, da Universidade de Bordéus, o inquérito teve como objectivo perceber de que forma o confinamento, durante a pandemia de Covid-19, afectou o comportamento dos consumidores europeus de vinho.
Portugal participou neste trabalho através de João Rebelo, Investigador da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real, e vice-presidente da EUAWE. Neste primeiro estudo, a aplicação do inquérito decorreu entre 17 de Abril e 10 de Maio, tendo por base 6.600 respostas obtidas até 30 de Abril em Espanha, França, Itália e Portugal. A academia transmontana explicou «que a amostra não pretende ser representativa da população dos países estudados, mas corresponder, sobretudo, à população de consumidores de vinho e de outras bebidas alcoólicas».
Nas conclusões reveladas pela UTAD verifica-se que, nos quatro países, a frequência do consumo de vinho «aumentou acentuadamente» com o confinamento, tendo «diminuído» na cerveja e nas bebidas espirituosas. A maior frequência no consumo ocorreu na classe etária entre os 30-50 anos e, distintamente, menos nos jovens, e foi em França que este «aumento foi mais acentuado». Os supermercados foram, durante o confinamento, o principal local de aquisição de vinhos, enquanto que as garrafeiras pessoais se tornaram a «segunda fonte mais importante de abastecimento».
Os resultados mostram, no entanto, «uma redução das despesas em bebidas alcoólicas, especialmente em bebidas espirituosas», e que o «preço médio de compra do vinho diminuiu significativamente». Os franceses são os mais «propensos a guardar o vinho antes de o beberem», especialmente em agregados familiares com pelo menos dois filhos, tendência que «permitiu consumir mais do que inquiridos dos outros países», durante o confinamento. A maioria de 80% dos inquiridos disse não ter utilizado a opção de compra “online” e “8,3% dos italianos, 6,6% dos espanhóis, 5,2% dos portugueses e 4,6% dos franceses compraram vinho pela primeira vez via Internet.


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