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Cerca de 540 mil consultas hospitalares e 51 mil cirurgias por realizar até Abril


Quarta, 20 de Maio de 2020

Cerca de 540 mil consultas de especialidades médicas e 51 mil cirurgias ficaram por realizar até Abril, face ao período homólogo de 2019, anunciou hoje a ministra da Saúde, considerando estes dados “bastante preocupantes”. Em termos de cuidados de saúde primários, não tinham sido realizados até Abril cerca de 840 mil consultas e 990 mil consultas de enfermagem face ao período homólogo”, disse Marta Temido na Comissão de Saúde, onde está a ser ouvida sobre "Política Geral de Saúde".
Relativamente aos cuidados hospitalares, “perdemos face ao período homólogo cerca de 540 mil consultas de especialidades médicas, 51 mil cirurgias e cerca de 400 mil episódios de urgência”, avançou a ministra. “Isto é uma grande preocupação e aqui estamos totalmente alinhados com o seu impacto e com a necessidade de ultrapassar”, adiantou Marta Temido, dirigindo-se aos deputados.
A ministra adiantou ainda que “os hospitais tiveram uma orientação clara para remarcar a actividade e 36 deles já apresentaram os resultados dessa marcação e remarcaram 40% de consultas e 30% das cirurgias”.
Marta Temido sublinhou que vão continuar a contar com “os profissionais de saúde do Serviço Nacional de Saúde, que durante estes longos meses, e estes curtos meses simultaneamente, se superaram” para “aquilo que aí vem”. “Aquilo que aí vem é não deixar deslaçar aquilo que foi uma resposta a uma pandemia, mas também garantir que aquilo que se acumulou em actividade assistencial é agora realizado”, sublinhou.
Portanto, vincou, “é neste contexto que as primeiras pessoas com quem contamos para aquilo que importa agora fazer é com os profissionais do Serviço Nacional de Saúde, seja através da produção base, seja através da produção adicional, seja através de modalidades remuneratórias, de remuneração da produção adicional”.
Esta é a intenção para as consultas e cirurgias que ficaram por realizar na área hospitalar e nos cuidados de saúde primários devido à pandemia covir-19, adiantou.
Marta Temido lembrou, contudo, que o SNS tem “desde há longos anos um programa de Gestão de Inscritos para Cirurgia que envolve o mecanismo cirúrgico” e que os vales cirúrgicos continuaram a ser emitidos durante a pandemia, mas “por razões diversas quer da parte de quem os activa quer da parte de quem os recebe, tiveram uma utilização muito diminuta".
Portugal contabiliza 1.247 mortos associados à covid-19 em 29.432 casos confirmados de infecção, segundo o último boletim diário da Direcção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.


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