Jornal defensor da valorização de Aveiro e da Região das Beiras
Fundador: 
Adriano Lucas (1925-2011)
Diretor: 
Adriano Callé Lucas

Desconfinamento fez-se sentir com “mar de gente” nos parques da cidade


Segunda, 18 de Maio de 2020

André Freixo

No Choupal, pela manhã. No Parque Verde do Mondego, durante a tarde. A boa temperatura, o sol, a vontade de fazer alguma actividade desportiva ao ar livre, respirar ar puro, passear ou, simplesmente, contactar com a natureza, levou a que alguns milhares de conimbricenses “invadissem” os dois principais espaços verdes da Lusa-Atenas e, umas vezes cumprindo as distâncias de segurança emanadas pela Direcção-Geral de Saúde para o combate à pandemia do novo coronavírus, outras, escreva-
-se muitas, nem tanto.

Manhã de Choupal
perto da “normalidade”
Na Mata Nacional do Choupal, durante a manhã, o movimento era muito. Vários eram os carros estacionados fora dos locais onde podiam efectuar a paragem, muitas pessoas a correr, a andar de bicicleta ou a caminhar. O local, já se sabe, costuma ser mais frequentado durante as manhãs dos tempos de “normalidade” e pareceu, mesmo, que esta tinha voltado mesmo que durante apenas algumas horas. A verdade é que, a partir de hoje, alguma dessa normalidade vai mesmo voltar com a segunda fase do desconfinamento a iniciar-se. Todavia, no Choupal, parecia que todas as fases de desconfinamento já tinham sido ultrapassadas.
No início da tarde, menos pessoas no espaço e o regresso do distanciamento social exigido. Rui Germano trouxe a mulher e os dois filhos, Guilherme e Tiago, para «comer um gelado e desanuviar um pouco a cabeça de estarem em casa», afirmou. O homem de 48 anos sentiu-se em segurança pelo número, já razoável, de pessoas que encontravam no espaço. Quanto à fase de desconfinamento que se inicia hoje, Rui espera que «impere o civismo, bom-senso e a responsabilidade social para que corra bem», partilhou. Rúben Caetano e Ana Rita fizeram um piquenique na zona de merendas do Choupal. Rúben disse que «toda a gente cumpriu as distâncias de segurança» referindo que o próprio alinhamento das mesas no local permite que isso aconteça pois, reforçou, «estão a mais de dois metros de distância».

Ponte Pedro e Inês
com “engarrafamento”
Durante a tarde, foi o Parque Verde do Mondego a registar um “mar de gente” mesmo ao lado do rio. Na Ponte Pedro e Inês, que permite belas fotografias e uma vista panorâmica para a “margem norte” da Lusa-Atenas, a circulação foi de um verdadeiro “engarrafamento” em hora de ponta. Toalhas estendidas nas partes verdes, piqueniques que se prolongaram durante a tarde, grupos de famílias, amigos e namorados em momento a fazer lembrar uma “normalidade” que, como se sabe, ainda não é possível. O uso de máscara também não é, ainda, um hábito entre as pessoas sendo que algumas já não as deixam em casa e outras, nem tanto.
Joana Dias foi uma das pessoas que aproveitou o Sol da tarde naquele espaço juntamente com outras amigas. A jovem de 28 anos concordou que estiveram «muitas pessoas» no local mas isso não fez com que se tivesse receio: «É normal que as pessoas queiram sair agora, foi muito tempo em casa», concluiu.


Suplementos


Edição de Hoje, Jornal, Jornais, Notícia, Diário de Coimbra, Diário de Aveiro, Diário de Leiria, Diário de Viseu