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Covid-19: África com mais de 72 mil infecções e 2.475 mortes


Quinta, 14 de Maio de 2020

África registou na última semana 20.400 novos casos de covid-19, elevando para mais de 72 mil o total de infecções no continente, onde já morreram 2.475 pessoas devido à doença, segundo dados divulgados hoje. De acordo com os números, apresentados, a partir de Adis Abeba, pelo director do Centro para a Prevenção e Controlo de Doenças da União Africana (UA), John Nkengasong, África regista 72.336 casos acumulados de infecção pelo novo coronavírus e 2.475 mortes em 54 países.
O número de doentes dados como recuperados é de 25.268. A taxa de letalidade da doença no continente atinge os 3,4%. Segundo John Nkengasong, desde 07 de Maio foram registados 20.400 novos casos no continente, ou seja 1,4 vezes mais do que na semana anterior (14.896). "Em média, foram registados 3.000 novos casos por dia", disse o responsável do África CDC.
O maior aumento de casos registou-se na África Ocidental (33%), seguida do Norte de África (25%), África Austral (23%), África Oriental (10%) e África Central (9%).
Nigéria, Gana, Costa do Marfim e Senegal são, segundo o director do África CDC, os países responsáveis pelo aumento de casos na África Ocidental. "O Gana, a Nigéria e o Senegal aumentaram os testes significativamente. Até quarta-feira, a Nigéria tinha testado mais de 30 mil pessoas, quando há algumas semanas o número de testes estava entre os 3 e 4 mil. É um progresso considerável", disse John Nkengasong.
"Quanto mais aumentar a escala dos testes, mais casos serão encontrados. Portanto, o aumento de casos registados não é uma coisa má, é positivo", reforçou, adiantando que o África CDC vai continuar a incentivar os países a fazerem mais testes e a acompanhar a evolução na região.
África do Sul (12.074), Egipto (10.431), Marrocos (6.512), Argélia (6.253) e Gana (5.408) são os países com mais casos acumulados de covid-19, representando no seu conjunto 56% do total no continente.
Djibuti, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Gabão e Guiné-Bissau são os países com mais casos declarados por 100 mil habitantes.
Depois de o Lesoto ter declarado, na quarta-feira, o seu primeiro caso da doença, a República Sarauí é agora o único estado membro da União Africana, mas que não é reconhecido como país pelas Nações Unidas, sem registo de infecções no seu território.
Entre os países africanos lusófonos, a Guiné-Bissau é o que tem mais infecções, com 836 casos, e regista três mortos.
Cabo Verde tem 289 infecções e dois mortos e São Tomé e Príncipe regista 231 casos e sete mortos.
Moçambique conta com 107 doentes infetados e Angola tem 45 casos confirmados de covid-19 e dois mortos.
A Guiné Equatorial, que integra a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), mantém há mais de uma semana 439 casos positivos de infecção e quatro mortos, segundo o África CDC.
John Nkengasong adiantou ainda que, desde a chegada da pandemia ao continente, o África CDC enviou mais de 1.000 voluntários para países como a República Democrática do Congo, Etiópia, Nigéria, Burkina Faso, Camarões, Gana, Mali, Níger, Tanzânia, Zimbabué e Zâmbia para apoiar os governos a implementar a estratégia para acelerar a testagem das populações.
Globalmente, o director do Centro para a Prevenção e Controlo de Doenças (África CDC) disse terem já sido realizados no continente cerca de 1,2 milhões de testes à covid-19, um número considerado um "progresso assinalável" relativamente aos pouco mais de 400 mil testes realizados há cerca de quatro semanas. "Ainda temos problemas no acesso a testes, mas está a melhorar. Há uma escassez mundial de testes e estamos a tentar desbloquear a situação", disse.


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