Diogo Mateus, presidente da Câmara de Pombal, afirmou ontem que não comenta “situações internas” do partido, referindo que “o PSD de Pombal fala a uma só voz”. O social-democrata respondeu, desta forma, quando questionado pelo nosso jornal sobre uma eventual ameaça de renúncia de mandato perante a direcção concelhia do partido, tornada pública na passada semana.
As divergências entre o autarca, que está a cumprir o seu segundo mandato à frente dos destinos do município, e a estrutura concelhia do partido, da qual é vice-presidente, terá ocorrido num momento em que Diogo Mateus terá defendido a retirada de confiança política ao vereador Pedro Brilhante, que ficou sem pelouros em Outubro de 2019 e que tem sido, desde então, uma voz crítica à gestão autárquica do líder do executivo.
No entanto, o presidente da Câmara terá sido confrontado com algumas posições de contestação por parte de alguns dirigentes concelhios, que ao contrário do que pretendia, não lhe manifestaram “conforto e apoio político”. Terão chegado a acusar o edil de tomar decisões políticas sem informar ou comunicar à própria estrutura política, como a retirada de pelouros a outra vereadora da maioria, Ana Gonçalves.
Aliás, terá sido essa falta de articulação com o partido que esteve na base da demissão do presidente da Comissão Política Concelhia, Manuel António Santos, no final do ano.