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Associações pedem apoios para territórios de baixa densidade


Terça, 12 de Maio de 2020

Guarda Duas associações com sede em Trancoso, no distrito da Guarda, pedem ao Governo apoios urgentes para os territórios de baixa densidade, devido à crise económica causada pela pandemia da covid-19, como foi ontem anunciado.
Os presidentes da Associação Empresarial do Nordeste da Beira (AENEBEIRA), Tomás Martins, e da Raia Histórica - Associação de Desenvolvimento do Nordeste da Beira, Paulo Langrouva, escreveram à ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, a propor algumas medidas "pertinentes" para as empresas locais.
Na missiva enviada a Ana Abrunhosa, os responsáveis referem que “a paragem global da economia determina uma sentença, potencialmente fatal, para as micro e pequenas empresas” da região, sem se vislumbrarem “alternativas possíveis”.
“Neste contexto de extraordinária adversidade, vamos, uma vez mais, resistir e reinventar um futuro para os nossos territórios. Mas precisamos de apoio”, escrevem Tomás Martins e Paulo Langrouva, referindo que necessitam que os “indispensáveis instrumentos financeiros que o Governo está a equacionar” para fazer face à actual crise tenham em conta várias preocupações.
No documento enviado à ministra da Coesão Territorial, a que hoje a agência Lusa teve acesso, os responsáveis consideram que “os instrumentos do +CO3SO Emprego Interior devem permitir a manutenção do número de postos de trabalho” e o +C03SO digital preconiza “um instrumento fundamental” para incrementar a comercialização dos bens e serviços pela via digital.
Defendem também uma "linha de apoio financeiro específico até 5.000 euros, por beneficiário, para modernização de equipamentos informáticos das empresas e de até 20 mil euros, por entidade acreditada pela DGERT (Direcção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho), para aquisição de meios informáticos que permitam desenvolver acções de formação/capacitação dos empresários e trabalhadores" e uma linha de apoio financeiro específico para a criação de organizações de produtores e de clubes de fornecedores.
“Taxas de apoio não reembolsável superior a 60% dos investimentos para a generalidade dos sectores de actividade económica” e superior a 85% para o sector turístico, bem como uma linha de apoio “com taxa de apoio não reembolsável de 85% para a transformação e comercialização de produtos endógenos”, são outras das propostas das duas associações que têm sede em Trancoso.
A AENEBEIRA integra os concelhos de Trancoso, Aguiar da Beira, Mêda, Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Pinhel, Almeida, Figueira Castelo Rodrigo (distrito da Guarda), Sernancelhe e Penedono (distrito de Viseu) e a Raia Histórica abrange os municípios de Trancoso, Mêda, Figueira de Castelo Rodrigo, Pinhel e Almeida (distrito da Guarda). 


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