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Politécnico promove participação política e cívica de agricultoras


Quinta, 07 de Maio de 2020

‘MAIs – Mulheres Agricultoras em Territórios do Interior’ é o nome do projecto do Politécnico de Viseu (PV) recentemente aprovado no Programa Conciliação e Igualdade de Género (EEGRANTs). A iniciativa pretende aumentar a participação cívica e associativa das mulheres agricultoras nas regiões do interior, através da sua capacitação, contribuindo para a maior visibilidade do seu papel social e para o aumento da igualdade entre homens e mulheres, passo considerado crucial para a estratégia de crescimento económico definida nos objectivos da EU2020.
Para a responsável do ‘MAIs’, Cristina Amaro da Costa, docente da Escola Superior Agrária do Politécnico de Viseu, a aprovação dta candidatura “dá continuidade ao esforço que o Politécnico de Viseu tem vindo a fazer, quer no desenvolvimento dos territórios do interior e das comunidades rurais, em particular no âmbito da agricultura familiar, quer no propósito de promover investigação, diálogo, formação e intervenção em temáticas relacionadas com a violência e género, que se concretizam através das actividades do SPECULA – Observatório da Violência e Género de Viseu, entre as quais o projecto MAIs, agora aprovado”.
Promovido pelo PV, o projecto conta com um financiamento de quase 250 mil euros e tem como entidades parceiras a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, a Confederação Nacional da Agricultura, a Oikos – Cooperação e Desenvolvimento, as câmaras de S. Pedro do Sul e de Sabugal, a Associação da Bio-Região de S. Pedro do Sul e a Ruralis – Institute for Rural and Regional Research, da Noruega.
O MAIs tem como foco “estimular a cidadania activa e a visibilidade e participação social das mulheres agricultoras na esfera pública e no desenvolvimento local, conforme objectivo da Estratégia Nacional para a Igualdade e Não Discriminação e do Programa de Conciliação e Igualdade de Género das EEagrants. Trata-se de um projecto de intervenção baseado na Teoria da Mudança, a ser implementado em São Pedro do Sul e Sabugal, posicionando-se como uma experiência piloto que poderá vir a ser replicada em outros territórios idênticos”, explica o PV em comunicado.
Segundo a mesma fonte, “a capacitação (técnica e pessoal) resultará no empoderamento e valorização de todas as mulheres agricultoras e, consequentemente num avanço significativo no sentido da igualdade de género e da sua participação cívica”. Pretende-se também, dessa forma, contribuir para o reforço da ligação entre mulheres de idade e jovens, “reforçando o sentimento de pertença e incentivando a fixação de comunidades em territórios rurais do interior do país”.


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