O passivo do Beira-Mar está estimado em mais de 5,7 milhões de euros e a sobrevivência do clube dependente da aprovação do plano judicial de recuperação e regularização da situação fiscal. Este é o cenário com que os sócios do clube serão confrontados, esta noite, na Assembleia-Geral (AG) marcada para apresentar o relatório e contas da época em curso, bem como votar as contas do exercício 2013/14 com um saldo negativo de 2,2 milhões de euros.
Contas feitas, o passivo do Beira-Mar apresentado em 2013/14 é mais do que o dobro verificado no ano anterior que se cifrava em pouco mais de dois milhões de euros. Os documentos tornados públicos pela Direção de António Cruz evidenciam o cenário de dificuldade em que o Beira-Mar continua a viver e que ainda pode conhecer números diferentes, dependentes da conclusão da auditoria financeira que está em curso e cujo resultado final ainda está por consolidar devido ao atraso provocado pela situação da Sociedade Anónima Desportiva (SAD) que geriu o futebol profissional nos últimos anos e que está em liquidação.
A contabilidade do clube reflecte um crédito devido pela Câmara Municipal de Aveiro de quase 1,5 milhões de euros e outros que ascendem a mais de 200 mil euros, sendo que, neste particular, a maior fatia é devida pela Federação Portuguesa de Futebol na ordem dos 180 mil euros. As receitas da actividade desportiva de 2013/14 mostram valores inferiores a 250 mil euros e são ainda evidenciadas quotizações no valor de quase 200 mil euros do quais apenas foram cobrados pouco mais de 90 mil.
