O anseio pela rápida retoma e o receio de não virem a ter clientes suficientes para a sustentabilidade do negócio nas actividades ainda fechadas, agora que o País entrou na fase de desconfinamento, são os ‘ecos’ que o comércio tradicional de Leiria tem feito chegar à Acilis.
Desde o início da pandemia que a Associação de Comércio, Indústria, Serviços e Turismo da Região de Leiria tem acompanhado a evolução da pandemia junto dos seus associados, tendo dado conhecimento das preocupações dos empresários à sua associação de cúpula CCP – Confederação do Comércio e Serviços de Portugal e à Câmara de Leiria.
Agora que as portas voltaram a abrir, pelo menos, para alguns sectores, o presidente da Acilis, Lino Ferreira, explica que os maiores receios dos seus associados são a “falta de tesouraria para honrar os seus compromissos, nomeadamente no pagamento dos salários aos seus trabalhadores”.
“O atraso no pagamento por parte da Segurança Social às empresas, em âmbito de layoff, a tardia disponibilização das linhas de crédito e a falta de apoio a sócios gerentes, são por si só factores de insegurança e descontentamento, aliado à incerteza do dia de amanhã”, reconhece Lino Ferreira, apontando ainda alguma expectativa dos empresários com o programa lançado pelo Governo, com vista a apoiar a retoma de actividade das micro-empresas. Este programa, explica, “prevê subsídios a fundo perdido até 80%, com montantes que podem ir até aos cinco mil euros, para investimentos de criação de condições sanitárias adequadas à pandemia”.
Até ao momento, a Acilis tem prestado apoio aos seus associados, com o envio de informação, atendimento telefónico e por email permanentemente sobre as medidas anunciadas pelo Governo para apoiar a actividade das empresas, no âmbito da Covid 19. O objectivo é claro: “Informar sobre todas as medidas a que podem recorrer para minimizar os impactos negativos na sua actividade, e apoiá-las sempre que tenham dúvidas sobre a sua aplicação”.
Para além da parceria com a Câmara de Leiria no gabinete de crise, têm mantido contacto com as forças de segurança na implementação de algumas medidas. Disponibilizaram ainda um guia de boas práticas para os sectores do comércio e serviços.
O presidente da Acilis considera o desconfinamento “fundamental para retomar a actividade económica e colocar o País de novo a funcionar, com alguma prudência e garantidas condições quer ao nível da protecção individual das pessoas, quer ao nível de alguma flexibilização de horários que permita assegurar transportes e ambientes de trabalho seguros”.
