Comércio local, cabeleireiros, manicures e similares, livrarias e ‘stands’ de automóveis retomaram a actividade na segunda-feira. No entanto, e apesar de se observar um maior movimento de carros e pessoas nas ruas, o pequeno comércio segue ainda a meio-gás.
Na cidade do Lis, são mais as lojas que permanecem encerradas do que aquelas que reabriram ao público. Por cada espaço aberto, dois encontram- -se ainda fechados, numa altura em que “a confiança dos clientes ainda está em baixo”.
“As pessoas não estão confiantes. Além disso, face às muitas situações de lay-off, não têm tanto poder de compra e retraem-se”, refere o proprietário da Casa Iglésias, defendendo que “o comércio de Leiria tem de dar um sinal de confiança”.
“Atrás da abertura de um espaço, pode reabrir outro. Esperemos que nos próximos dias se verifique mais actividade no centro de Leiria e que o comércio possa retomar uma nova normalidade”, refere António Fernandes, confessando que, até ao fim do dia de segunda- -feira, não tinha tido qualquer cliente.
“Neste momento não estou a sentir por parte das pessoas aquela necessidade de visitar as lojas, de observar as montras, de comprar alguma coisa, de oferecer algo. É um caminho que tem de se percorrer e é necessário mostrar às pessoas que os espaços estão ordenados, estão seguros, e que podem fazer as suas compras”, refere António Fernandes.
Sobre o futuro, o proprietário da Casa Iglésias, situada no centro de Leiria, admite que “é muito incerto”. “Se o vírus tivesse parado, era um cenário. Mas nesta situação, é diferente. Esta indecisão ainda se vai prolongar no tempo, o que leva este ‘arranque’ a demorar algum tempo”, conclui António Fernandes.
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