A pandemia que estamos a viver tem trazido dificuldades económicas a muitas famílias, que se vêm obrigadas a pedir ajuda. O Banco Alimentar de Viseu tem assim “sentido um enorme aumento de pedidos de ajuda que chegam um pouco de todo o lado”. Quem o diz é Fátima Ribeiro, presidente da instituição, acrescentando que “o Banco Alimentar de Viseu faz parte da rede de emergência alimentar que foi criada propositadamente para conseguirmos fazer face a tantas solicitações de forma célere e eficaz”.
Para este aumento de pedidos de ajuda contribuíram factores como “o desemprego crescente ou outras situações laborais onde a redução salarial se está a fazer sentir”, explica Fátima Ribeiro.
Por outro, com o fecho das escolas, muitas crianças e jovens apoiados em termos de refeições deixaram de ter esta alternativa. “Todos os dias recebemos inúmeros pedidos que graças a Deus temos estado a conseguir dar resposta mas tem sido um trabalho árduo e difícil”, realça Fátima Ribeiro.
O Banco Alimentar apoia mensalmente 96 instituições. “Os apoios que nos têm sido solicitados têm tido as mais diversas proveniências. Damos resposta a todos esses pedidos e direccionamos para as instituições mais perto da área de residência que tenham protocolo connosco. Até agora já tivemos além dos pedidos habituais, mais de 350 pedidos extra”, refere.
Campanha online
O Banco Alimentar tem duas campanhas de recolha por ano, concertadas a nível nacional. Uma delas seria agora no último fim-de-semana de Maio.
“Devido à conjuntura, essa campanha está a ser reorganizada para ser aplicada online, através de donativos e vales de alimentos junto dos supermercados. Já agora lançamos o apelo a todos aqueles que generosamente quiserem colaborar com o Banco Alimentar. Não deixem de participar, toda a ajuda é bem-vinda e fundamental para conseguirmos prestar apoio aos que mais precisam e levar a cabo a nossa missão”, apela, acrescentando que “nesta altura, todos os donativos são bem-vindos, qualquer tipo de bem alimentar que as pessoas possam doar pode fazer a diferença na vida de alguém.”
De acordo com Fátima Ribeiro, “os cabazes têm um pouco de tudo, menos carne e peixe e produtos frescos”.
Os cabazes são compostos por : arroz, esparguete, atum, massa, cereais, leite, leguminosas secas, leguminosas em lata, farinha, sal, açúcar, óleo, azeite, bolachas, enlatados vários, entre outros.”
Devido ao grande número de pedidos, toda a ajuda é precisa, a nível de voluntariado.
“Neste momento temo-nos desdobrado e o trabalho é intenso e desafiante. Era óptimo termos mais voluntários que pudessem colaborar connosco pois todas as mãos são poucas nesta altura porque existe um trabalho diário que tem de ser feito de forma ágil e eficaz”, conclui.
