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Plantel do Académico de Viseu contra decisão de terminar campeonato da II Liga


Quarta, 06 de Maio de 2020

O plantel do Académico de Viseu FC mostrou-se ontem indignado com as decisões da Federação Portuguesa de Futebol e da Liga Portuguesa de Futebol Profissional que levaram ao fim do campeonato da II Liga, enquanto que a I Liga deverá ser retomada no final deste mês.
Em comunicado, os jogadores do clube viseense adiantam que “a discriminação é um comportamento contra o qual lutamos todos os dias para que deixe de existir”. “Nós enquanto seres humanos e profissionais dedicados à nossa profissão que tanto nos apaixona e na qual lutámos para chegar a este patamar, sentimos que esse comportamento afectou todos os jogadores da Liga Pro”, adiantam, deixando algumas questões que julgam “pertinentes e de fácil resposta”, como, por exemplo, “Será que há jogadores mais profissionais que outros? Será que nesta altura não seria possível todos nós nos unirmos e fazermos com a verdade desportiva fosse transversal a todos os campeonatos profissionais? Será que foi uma decisão pensada sobre as condições de saúde/sanitárias ou somente a nível político/económico? Será que as verbas que agora vão ser distribuídas pelos clubes da Liga Pro não serviriam para dar condições e acabarmos o campeonato de forma tão segura quanto os clube da Liga NOS?”.
“Tantas e tantas perguntas que estariam por fazer nesta altura, mas o mais importante somos nós! Sim porque serão sempre os jogadores aqueles que dentro do campo fazem com que este desporto seja apaixonante e vibrante, seremos sempre nós jogadores os maiores protagonistas e nunca outros. Sempre fomos nós que demos e iremos dar sempre a cara por tudo neste desporto, treinamos diariamente por um futebol competitivo alegre e que os adeptos se revejam, muitas vezes não conseguimos os resultados desejados e erramos”, acrescenta o plantel no mesmo comunicado, lembrando que disputaram a meia-final da Taça de Portugal “com o primeiro classificado da liga ‘mais profissional’ e pouco ou nada nos sentimos inferiores dentro de campo, onde em muitos momentos do jogo até fomos superiores, no entanto, neste momento sentimos uma inferioridade imensa que não controlamos porque não depende de nós”.
Segundo o plante, a pandemia podia servir “para melhorar as relações entre todos os profissionais, equilibrar a balança e valorizar todos os clubes para com isso tornar o nosso futebol mais justo e apelativo”. No entanto, “este desfecho vai contra um principio que deveria ser intocável: igualdade”, criticam.


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