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Angariação de fundos para investigação quase atinge o objectivo em três horas


Terça, 05 de Maio de 2020

A campanha global de angariação de fundos ontem lançada pela Comissão Europeia, que se propunha a recolher 7,5 mil milhões de euros para investigação de tratamentos para a Covid-19, já «quase» atingiu este objectivo em promessas de contribuições.
«A Comissão registou hoje 7,4 mil milhões de euros, equivalentes a 8 mil milhões de dólares, em promessas de doadores de todo o mundo durante o evento de promessas de contribuições», anunciou o executivo comunitário à imprensa, dando conta dos resultados alcançados neste dia da videoconferência de dadores, três horas depois do seu início.
De acordo com Bruxelas, este valor «quase atinge o objectivo inicial de 7,5 mil milhões de euros e constitui um sólido ponto de partida para a maratona mundial de promessas de doação», ontem iniciada.
O objectivo final é «reunir um financiamento significativo pa­ra assegurar o desenvolvimento em cooperação e a disponibilização universal de diagnósticos, tratamentos e vacinas contra os coronavírus», sublinha a Comissão Europeia.
Esta verba dos 7,4 mil milhões de euros foi atingida cerca de três horas depois do inicio da videoconferência de dadores, que arrancou pelas 15h00 de Bruxelas (14h00 em Lisboa), segundo os dados divulgados pelo executivo comunitário no portal da Internet criado para publicar as promessas de contribuições.
«O mundo mostrou hoje uma unidade extraordinária para o bem comum. Governos e organizações mundiais de saúde uniram forças contra o novo coronavírus e, com este empenho, estamos no bom caminho para desenvolver, produzir e criar uma vacina para todos», comentou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em comunicado.
Logo duas horas depois do arranque do evento “online” já tinham sido conseguidos 5,4 mil milhões em compromissos de doações, o que já incluía a contribuição portuguesa (pública e privada), de 10 milhões de euros, anunciada de manhã pelo primeiro-ministro, António Costa.
Numa iniciativa marcada pela ausência dos Estados Unidos, além dos contributos da generalidade dos países europeus, registam-se doações do Canadá (551 milhões de euros), Japão (762 milhões), Arábia Saudita (457 milhões) e Austrália (200 milhões), entre outros. A China, país onde começou a pandemia, doou 45 milhões de euros. Entre os Estados-membros da UE, destacam-se os contributos da Alemanha (525 milhões) e França (510 milhões), e entre os países que não fazem parte da União, os de Reino Unido (441 milhões) e Noruega (188 milhões). A Comissão Europeia anunciou, por seu lado, uma contribuição de mil milhões de euros. Há também contribuições individuais, entre as quais a da cantora norte-americana Madonna, que doou um milhão de dólares (917 mil euros).
Esta “maratona” mundial de angariação de fundos surge após a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras organizações mundiais do sector da saúde terem lançado um apelo conjunto à mobilização para desenvolver um acesso rápido e equitativo a instrumentos de diagnóstico, terapias e vacinas contra o novo coronavírus que sejam seguros, de qualidade, eficazes e a preços acessíveis. Países, organizações e empresas de todo o mundo são, então, convidados a participar nesta campanha, organizada pela Comissão Europeia e pelos seus parceiros.


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