Apesar do confinamento de professores e alunos, escolas de dança de Leiria mantêm actividade e apostam na transmissão de aulas ‘online’ e em directo.
As escolas estão vazias, as salas e os estúdios são percorridos por um silêncio nunca antes presenciado e nos palcos não se sente a alegria da dança. Por estes dias, bailarinos e professores estão confinados em casa e as aulas presenciais e os espectáculos dão lugar a aulas ‘online’ e em directo.
A adaptação a esta nova realidade surge como um “desafio”, no entanto, em tempos de pandemia, o amor à dança faz ultrapassar qualquer barreira.
“Apesar das dificuldades, nós não podemos parar. Temos de nos adaptar às circunstâncias e procurar inovar para encontrar novas formas de fazermos o que mais gostamos: dançar”, afirma a directora do Conservatório Internacional de Ballet e Dança Annarella Sanchez.
(...).
Também na Escola de Dança Staccato encontram-se a ser promovidas aulas e actividades ‘online’, embora nesta alternativa se perca a “essência” da dança.
“O ensino da dança é muito físico e passa muito por corrigirmos a postura e a técnica dos alunos. E através do vídeo é muito difícil de o fazer. Sobretudo no nosso caso, que somos uma escola de muitos afectos, de toque e de ‘mimo’, tem sido muito difícil”, refere a fundadora da Staccato, Cláudia Cardoso.
Celebrar a arte da dança e mostrar a sua universalidade, independentemente das barreiras políticas, culturais e éticas, o Dia Internacional da Dança é celebrado anualmente a 29 de Abril. Apesar da pandemia e do estado de emergência, as escolas de dança situadas em Leiria não quiserem deixar de assinalar a efeméride e, na passada quarta-feira, foram várias as iniciativas que animaram o público na Internet. (...).
Um programa com aulas transmitidas a partir do Youtube foi a iniciativa promovida pela Escola de Dança Diogo Carvalho que, durante a última quarta-feira, ‘brindou’ o público com treinos de técnica de dança clássica, dança contemporânea, dança criativa, hip-hop ou jazz.
“Temos apostado muito no ‘online’ para promovermos as nossas aulas. A adaptação dos alunos, salvo uma ou outra excepção, correu muito bem”, refere Diogo Carvalho, confessando que as aulas à distância são “um grande desafio”.
(toda a reportagem na edição impressa)
