Jornal defensor da valorização de Aveiro e da Região das Beiras
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“Jornalismo sem medo ou favor” num cenário cada vez mais complexo


Domingo, 03 de Maio de 2020

António Guterres agradeceu à comunicação social “por fornecer factos e análises, por responsabilizar os líderes – em todos os sectores – e por falar a verdade ao poder”, sobretudo àquela comunicação que está a “desempenhar um papel que salva vidas, ao informar sobre saúde pública”. O secretário-geral da ONU afirmou, a propósito do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, que hoje se assinala, que o jornalismo baseado em notícias e análises verificadas, científicas e factuais é um antídoto à pandemia da desinformação.
“À medida que a pandemia [da COVID-19] se espalha, ela também deu origem a uma segunda pandemia de desinformação, de conselhos prejudici­ais à saúde, de teorias da cons­pi­ração selvagem. A imprensa fornece o antídoto: notícias e análises verificadas, científicas e baseadas em factos”, escreveu António Guterres, numa nota pu­blicada no “site” das Nações Unidas.
Para o secretário-geral da ONU, os jornalistas e os profissionais de órgãos de comunicação social “são cruciais” para que se possam tomar decisões informadas e, quando o mundo luta contra a COVID-19, “essas decisões podem fazer a diferença entre a vida e a morte”.
Por isso, apelou “aos governos – e outros – que assegurem que os jornalistas possam fazer o seu trabalho em relação à pandemia da COVID-19”.
“Apelamos aos governos que protejam os trabalhadores da comunicação social e fortaleçam e mantenham a liberdade de imprensa, essencial para um futuro de paz, justiça e direitos humanos para todos”, sublinhou.
O responsável alertou que, desde o início da pandemia, muitos jornalistas estão a ser submetidos a maiores restrições e punições simplesmente por fazerem o seu trabalho. “Restrições temporárias à liberdade de movimento são essenciais para superar a COVID-19. Mas elas não devem ser utilizadas ​como uma desculpa para impedir a idoneidade de os jornalistas fazerem o seu trabalho”, sublinhou.
O Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, proclamado em 1993 pelas Nações Unidas, “foi inspirado pelos esforços de jornalistas africanos que em 1991 produziram a histórica Declaração de Windhoek, exigindo pluralismo e independência dos meios de comunicação social”, salientou, pelo seu lado, o nigeriano Tijjani Muhammad-Ban­de, presidente da Assembleia-Geral da ONU.
Numa nota, Muhammad-Ban­­de refere que o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa mar­ca o reconhecimento de jornalistas e profissionais de comunicação em todo o mundo, “cu­j­o trabalho contribuiu para expor a injustiça e as dificuldades sofridas por aqueles cujas vozes são frequentemente silenciadas ou ameaçadas”.
“Devemos continuar a defender uma imprensa mundial livre. O papel crucial do jornalismo é ainda mais relevante na esteira sem precedentes da COVID-19, quando as nossas próprias vidas dependem de uma perspectiva equilibrada de informações imparciais, debates públicos construtivos e responsabilidade credível”, disse, sublinhando que “apenas um público bem informado pode estar mais bem equipado para lidar com os problemas mais importantes”.
A UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) lançou este ano uma campanha glo­bal nos meios de comunica­ção com foco no “Jornalismo sem medo ou favor”, num ce­ná­rio “cada vez mais complexo”.
De acordo com o “site” da ONU, as celebrações nacionais e locais do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa ocorrerão em todo o mundo, algumas sob a forma de debates e “wor­k-
­sho­ps” “on-line”, disponíveis em https://en.unesco.org/ commemorations/worldpressfreedom day/2020/aroundtheworld.|



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